É possível afirmar que o brasileiro ainda enfrenta dificuldades para ter acesso à informação de qualidade. Se por um lado, o advento da internet facilitou a troca de notícias entre as pessoas; por outro, pode-se perceber que os principais meios de comunicação, como a televisão, ainda se encontram sob o controle de uma minoria. No que se refere à internet, é notório que as redes sociais são uma grande fonte de notícias. Segundo o IBGE, 49,4% da população brasileira tem acesso à internet. Diante disso, fica claro que muitas pessoas estão utilizando essa nova tecnologia para se manterem informadas, possuindo, assim, uma maior autonomia de informação, pois têm acesso ao compartilhamento da notícia e aos comentários dos demais usuários, o que permite a formação do senso crítico dos leitores. No entanto, a televisão ainda é o meio de comunicação de maior alcance e, infelizmente, ao contrário da internet, as emissoras de televisão oferecem menos autonomia para a população, visto que, tais emissoras, são propriedades de um pequeno grupo de pessoas dominantes que são responsáveis por transmitir a notícia. Segundo Marx, os indivíduos dominantes, dominam, também, como pensadores. Percebe-se, diante dessa perspectiva, que deixar os veículos de comunicação nas mãos de uma minoria é privatizar a informação, colocando em dúvida a veracidade das notícias, pois essas estão sujeitas a manipulação e polarização. O Ministério da Comunicação deve, portanto, proporcionar à sociedade brasileira o acesso à informações confiáveis, através da criação de leis que fiscalizem todos os sistemas de comunicação, a fim de garantir a veracidade e imparcialidade das notícias. Além disso, é necessário que as escolas incentivem seus alunos a debaterem em conjunto, para que as informações e opiniões sejam compartilhadas, democratizando o conhecimento.