Quantidades expressivas de notícias são veiculadas em frações de segundo no Brasil. O acesso as informações das redes sociais registram os maiores valores nos últimos anos, em consonância com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Todavia, as matérias publicadas nem sempre expressam os anseios da maioria dos indivíduos da sociedade, não só pela influência das classes dominantes, mas também pela dificuldade de acesso dos menos favorecidos. O filósofo Jean Jacques Rousseau sustenta que a liberdade é a obediência às leis que a pessoa estabelece para si própria, no entanto o mundo capitalista contraria essa premissa, tendo em vista que nem todos conseguem estabelecer e persuadir a sociedade com suas próprias regras ficando por muitas vezes à mercê dos padrões do capitalismo. Outrossim, a luta de classes como preconizou Karl Marx e Frederich Engels em suas análises sobre a sociedade, não é um passo fácil para contornar as restrições de idéias no cenário das informações, onde notícias são ventiladas de acordo com as ofertas capitalistas. Além disso, a população de baixa renda não encontra subsídios que permitam a difusão de opiniões de forma contundente perante as massas, sofrendo assim um processo de censura que torna-se próximo do modelo político preconizado por Platão na Grécia Antiga, onde os pensamentos e decisões eram restritos a um seleto grupo. Portanto, medidas são necessárias para resolução do impasse. Os setores jurídicos devem garantir espaços abertos aos núcleos menos favorecidos com maior participação em rádios, revistas e jornais. A defensória pública deve atentar para veracidade de informações que são proliferadas nos noticiários e que agem influenciando a sociedade sem permitir contestações. De acordo com Paulo Freire, a educação não transforma o mundo, mas muda pessoas. Assim sendo, proporcionar palestras com profissionais capacitados na temática em escolas irá contribuir para resolução dessa problemática e permitirá novos pensamentos sobre o tema.