A liberdade de informação no Brasil é um direito constitucional, no entanto, não é exercida de forma efetiva no país. Isso se evidencia devido ao monopólio de grupos detentores dos veículos de comunicação em consonância à supremacia do meio televisivo. Esse cenário corrobora na criação de uma imprensa tendenciosa e uma sociedade alienada. No país há um oligopólio dos meios de comunicação, no qual a Rede Globo é detentora do maior número de veículos em todas as modalidades de mídia. Para o pensador e político Alexis de Tocqueville, a liberdade de imprensa e a soberania do povo são inseparáveis. Não obstante, a mídia que deveria servir como arma para a democracia é parcial e manipuladora, como na época do regime militar, no qual, em parceria com a emissora globo, distorceu e suprimiu fatos, ademais, o mesmo canal colaborou para a candidatura de diversos políticos. Outrossim, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 95% dos brasileiros têm acesso regularmente à televisão, enquanto um pouco mais de 50% possuem acesso à internet, sendo essa a principal ferramenta de manipulação. De acordo com Herbert Marcuse, da Escola de Frankfurt, caso não haja intervenção, a tecnologia pode ser uma arma para dominação. Com isso, as emissoras tornam-se indispensáveis para a influência e hegemonização da população que recebe notícias parciais, favorecendo um grupo, e até mesmo a omissão dos problemas sociais. Dessa forma, o sistema de comunicação no Brasil é dominado por uma minoria, que aliado com o poder de audiência da televisão, cujos canais eles administram, torna a informação passível de manipulação. Para extinguir esse problema, o Estado deve ser mais eficaz e não permitir o monopólio em qualquer setor da economia, com isso, possibilitará maior diversidade de empresas e distinção das informações, uma vez que cada instituição carrega sua ideologia, cabendo ao povo escolher a melhor opinião. Ademais o governo deve aumentar a abrangência da internet, meio que ainda pode crescer mais de 40% segundo o IBGE, e é o canal mais democrático para a difusão da informação, já que qualquer um pode criar conteúdo. A informação, que pode servir para a dominação, analogamente serve para a liberdade e democracia, se utilizada em serviço da população.