Durante a história do Brasil não são raras as vezes em que as informações verdadeiras acerca dos fatos foram ocultadas para a grande parte da sociedade. No Império, na Era Vargas ou na Ditadura Militar, durante muito tempo a população ficou a mercê de falsas (e manipuladas) informações. Assim sendo, é utópico pensar que isso ainda não aconteça. Desde o princípio, o povo brasileiro não foi ensinado a relacionar fatos e informações imparciais para se tornar informado de algo. Acostumados a acreditar em qualquer notícia sensacionalista vinda de grandes redes de comunicação, se tornam verdadeiras massas de manobra, ou seja, passam a servir para o interesse de um grupo. Em outras palavras, se tornam fantoches para as classes dominantes que detém o poder de informação no Estado. Por consequência, a sociedade vira palco de intrigas, revoltas, caos e comoção, uma vez que não pensando por si mesmas, as pessoas se deixam levar facilmente pelos sentimentos que tomam contam da maioria. Um grande exemplo disso são as redes sociais, onde seus usuários utilizam o poder de alcance daquela plataforma para disseminar falsas mensagens e atingir um público que muitas vezes dá continuidade à mensagem e assim por diante. Além disso, os próprios programas de TV, apresentados por profissionais que teoricamente são imparciais e éticos, compram e vendem ideologias à população com o propósito de conduzir a maneira de pensar da sociedade. Logo, não existe de fato a liberdade de informação no Brasil, as pessoas frequentemente são privadas de saber o que de fato acontece e a aplicabilidade das leis que garantem a democratização da informação no país é falha. Portanto, é necessário que haja maior rigor no vistoriamento das informações passadas por profissionais jornalistas. A escola também deve ensinar às crianças a interpretar tudo que se lê em sala de aula e promover debates sobre qualquer informação que chegue no ambiente escolar para mudar o jeitinho brasileiro de pensar das gerações futuras. Além disso, as próprias pessoas poderiam tomar consciência de sua participação nos rumos de sua nação e começar a ''peneirar'' melhor qualquer informação que chegue até ela. Afinal a má informação é mais desesperadora que a não-informação.