Título da redação:

Democratização da Informação

Tema de redação: Democratização da Informação no Brasil: Existe, de fato, liberdade de informação?

Redação enviada em 01/06/2016

A enxurrada de informações que são disseminadas diariamente na cabeça das pessoas levanta um questionamento acerca da liberdade da informação, fato esse relacionado intrinsecamente com a veracidade dos fatos como são divulgados. Será que de fato existe liberdade na informação? Se existe, são respeitados os limites estabelecidos? O que se sabe é que a liberdade dada à imprensa deve estar vinculada a regras previamente estabelecidas pelos órgãos competentes para que as informações não sejam veiculadas de formar nociva buscando satisfazer interesses pessoais ou ferindo os direitos humanos. Com os adventos da tecnologia, as classes antes menos favorecidas que obtinham as informações através dos rádios, foram tendo acesso aos mais variados meios de comunicação como a TV e a internet sendo que esta última, com seus mais diversificados níveis de informação, tem se destacado pela facilidade e pela forma como tem invadido a vida das pessoas. Essa democratização da informação acaba por contribuir na formação pensamento crítico social. Porém, a forma como o cidadão está exposto às vicissitudes da informação, muitas vezes o levam a fazer um julgamento equivocado de determinadas notícias tomando decisões precipitadas pois, esse nível de conhecimento adquirido através de uma mídia muitas vezes controladora e tendenciosa, acaba por forjar a criticidade das ideias do cidadão. Segundo Marx em uma de suas obras, a história de toda sociedade é uma história de luta de classes entre a burguesia representada pelos detentores dos meios de produção e o proletariado, representado pelos fornecedores de mão de obra. Essa classe burguesa, hoje representada por líderes de governo e/ou por grandes empresários, são em grande parte sócios ou representantes das instituições midiáticas e acabam tornando-se formadores de opinião divulgando as informações segundo seus próprios proveitos. Os meios de comunicação tem sido decisivo na formação de governos e de padrões de consumo para a sociedade traçando um perfil previamente estabelecido. Portanto, o que se observa, de maneira geral é uma democratização muitas vezes nociva, com informações divulgadas sem qualquer imparcialidade. O resultado disso são decisões errôneas tomadas pela sociedade civil baseadas nessas informações adquiridas e ocorrem com uma falsa idéia de democracia. A participação efetiva do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) com as entidades parceiras e contando com o auxílio da sociedade por meio de denúncias pode levar a uma informação cada vez mais transparente. A atuação do Ministério Público Federal investigando os partidos políticos junto com seus integrantes coibindo os contratos de parceria destes com as empresas publicitárias pode corroborar para o fim dessa prática que tem maquiado a democracia no âmbito social.