Durante o governo de Getúlio Vargas, a criação do DIP (Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda) impôs barreiras sobre a liberdade de informação dos brasileiros. No período atual, o surgimento de novos meios de informação e mídia, como a Internet, configuram a sensação de pleno acesso do direito do indivíduo de formar e expressar sua opinião. Devido a isso, em um país marcado pelas desigualdades sociais, é essencial que se defina a democratização da informação. No século XVIII, os iluministas geraram conflitos ao buscarem o direito de obter conhecimento e manifestá-lo. De tal forma que tais ideias iluministas tornaram-se um direito constitucional dos brasileiros.Contudo, grande parcela da sociedade brasileira não tem amplo acesso a informação. Segundo a Organização das Nações Unidas, 84 milhões de brasileiros não possuem acesso a Internet, sendo assim excluídos dessa plataforma de conhecimento essencial na atualidade. Diante dos fatos, a desigualdade da sociedade delimita a acessibilidade a diferentes meios de informação. Por consequência, quanto mais reduzido o acesso a diferentes opiniões maior a constituição de um senso comum.De acordo com o filósofo John Locke, ao nascer os seres humanos não possuem conhecimento algum.Com isso, as redes de informação são essenciais para a formação de amplo conhecimento e pensamento crítico. Portanto, é fundamental evidenciar as desigualdades preeminentes entre os brasileiros para possibilitar a democratização da acessibilidade às mídias. Dessa forma, a administração pública deve intensificar os investimentos para ampliar o acesso à Internet, e oferecer formas de acesso, pelas camadas com menor poder aquisitivo, a mídias não tao expostas, como revistas e livros.Dessa maneira, a sociedade pode ascender diante dos abismos sociais e amplificar seu conhecimento formando uma sociedade com maior equidade.