O bullying é uma realidade antiga, no entanto, com o advento das tecnologias da informação, tal assunto vem ganhando relevância no meio social. Muito disso, se deve ao fato de o espaço virtual ter ampliado o alcance das ofensas proferidas. Antes, o acontecimento ficava restrito a um número limitado de pessoas – as que presenciavam o episódio -. Atualmente, os fatos são propagados a uma infinidade de indivíduos, tendo, inclusive, os mais diversos tipos de vítimas. Nesse desiderato, tornou-se comum ver vídeos de pessoas recebendo agressões físicas e psicológicas. O interessante é que tais ataques têm atingido os mais diversos tipos de pessoas, mesmo aquelas que são consideradas “populares” no meio social. Não é difícil ver artistas sendo atacados a todo instante, inclusive tendo a sua opção sexual exposta pelos demais indivíduos. Ainda, observa-se vídeos de pessoas sendo humilhadas por causa da religião que seguem, ou, até mesmo, por questões físicas, como a falta de um dos membros superiores. De outra forma, os casos não estão adstritos àquela região onde ocorreu o bullying. Por meio da internet, são divulgados vídeos, fotos e áudios, ampliando, desta forma, o número de pessoas que tomam conhecimento das agressões. A rede social denominada “Whatsapp” é uma das ferramentas que, atualmente, mais auxilia nessa divulgação, tendo em vista a propagação de dados ocorre quase que de forma instantânea. Neste ponto, é importante destacar que a divulgação exacerbada por meio de ferramentas virtuais ocorre, em grande parte, devido à falta de conhecimento dos usuários quanto ao abalo psicológico que as agressões provocam nas vítimas. Um bom caminho para atenuar essa propagação seria educar a população quanto aos malefícios que a prática do bullying proporciona. Uma campanha educacional voltada para a informação das pessoas, principalmente na área do ensino médio e fundamental, que, em tese, é o local mais propício para o surgimento dessas ataques. Por outro lado, deve-se, ainda, existir um maior controle na utilização dos espaços virtuais, esse comando poderia ser feito por meio de contas virtuais coadunadas a algum documento oficial dos usuários; a exemplo o CPF. Isso permitiria que os infratores e divulgados respondessem por seus atos, tendo em vista que poderiam ser identificados facilmente. Ante o exposto, percebe-se que a prática do bullying na forma virtual permite uma maior propagação dos fatos, haja vista que os acontecimentos são levados ao conhecimento de um número infinito de pessoas, atingindo, inclusive, pessoas consideradas “populares”. De outra forma, percebe-se que há maneiras de se atenuar esse mal, principalmente com a propagação de programas educacionais voltados para a informação dos malefícios do cyberbullying e, ainda, por meio de um controle de acesso ao ambiente virtual.