A prática do cyberbullying consiste em expor, de forma ofensiva, um indivíduo por meio da tecnologia. Desta maneira, a Internet se torna um ambiente propício a esse tipo de violência, devido a seu fácil acesso. Assim como o bullying, o cyberbullying é realizado por pessoas que necessitam do sentimento de poder e superioridade. Porém, uma diferença importante é a possibilidade do bully (quem pratica a violência) ser anônimo, conferindo-lhe impunidade. Logo, impedir a ação do bully é dificultoso. Mesmo que o bullying cibernético não promiva, em geral, a violência física, a vítima sofre de violência psicológica, que resulta em sequelas que vão da perda de apetite até a depressão. Para retratar isso, o filme "Cyberbully" de 2012 mostra a vida de uma vítima dessa violência, que quase se suicidou. Ainda, há um fator importante no filme, que é a falta de leis específicas para essa violência. Isso é real em vários países, incluindo o Brasil, pois os legisladores ainda não encontraram um equilíbrio entre a liberdade de expressão que a internet oferece e as calúnias circulando livremente, ferindo a integridade de muitos. Para que a violência cibernética seja combatida, é imprescindível a participação de várias esferas da sociedade. A começar pelo papel do Estado de fornecer meios para a denúncia, assim, como ação policial. Ainda, instituições escolares e religiosas poderiam orientar a população sobre o tema, esclarecendo os prejuízos da prática do bullying. Até mesmo a vítima pode ter sua ação ao não deixar que a violência seja um segredo, pois será mais fácil punir o agressor, além de que conversar diminui as chances da vítima ter danos psicológicos.