Título da redação:

Cyberbullying: Comportamento antiético

Proposta: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 20/08/2015

Smartphones com milhares de aplicativos. Sinal Wi-Fi em praticamente em todos os lugares. A possibilidade de ver filmes e ler livros em qualquer aparelho eletrônico atual. Esses são alguns resultados dos avanços tecnológicos nas diversas sociedades do mundo. Entretanto, apesar da facilidade e do conforto proporcionado pela modernidade, a evolução também trouxe uma nova e maldosa possibilidade de difundir ofensas, preconceito e humilhação na rede, sendo este o “cyberbullying”. Dessa forma, em uma escala global, esses insultos tornam-se um intenso problema para a população, principalmente para as vítimas. Mascarados de piadas, xingamentos discriminatórios espalham-se pelo meio virtual. Com o advento do anonimato facilitado, certas pessoas utilizam perfis falsos para divulgar pensamentos intolerantes e desrespeitosos. Desse modo, a investigação converte-se em algo complicado e quem comete o crime fica impune. Tal situação ocorre todos os dias nas redes sociais e um visível exemplo foi o ocorrido com a jornalista da Globo Maria Julia, que por ser negra, sofreu comentários racistas em sua página no facebook. Como consequência disso, a vítima, ao ser atingida por comentários vistos na filosofia como imorais e antiéticos, desencadeia dificuldades na convivência social. Com a rejeição em uma maior escala e a agressão virtual vinda de forma anônima, são facilmente desenvolvidos os sentimentos de medo, vergonha, baixa autoestima, além do diagnóstico de depressão e em alguns casos, o suicídio. Dessa forma, é de extrema importância a denúncia de violações aos direitos humanos nos portais determinados, como o projeto do governo “Humaniza Redes”. Fica evidente, portanto, que a propagação de ofensas online tem reflexos totalmente negativos não só para o mundo conectado, mas também para o off-line. Seria interessante, então, que o governo investisse em um setor investigativo para crimes virtuais, já que leis como o “Marco civil da internet” já existem – e servem para um maior acesso a informações necessárias a investigações policiais. Aliado a isso, seria relevante o apoio midiático, divulgando por meio de reportagens e até novelas, a importância de denunciar possíveis casos de bullying virtual. Além disso, a escola e a família poderiam, a longo prazo, erradicar tal problema, apresentando as crianças a necessidade de respeito ao próximo. E por último, somado a tudo isso, ONGS com o suporte de psicólogos – já formados ou estudantes – possam tratar a um baixo preço sequelas causadas por ofensas virtuais.