A prática do ato de agredir verbalmente, insultar, humilhar ou ameaçar uma pessoa, que se inicia principalmente no ambiente escolar, recebeu a denominação de bullying e passou a ser formalmente reconhecida como uma forma de agressão psicológica muito séria. Entretanto, ao ser notado um comportamento semelhante no ambiente virtual, criou-se a denominação cyberbullying para designá-lo. Este possui um alcance infinitamente maior, pois está presente não em um ambiente restrito, mas sim em um no qual é possível que pessoas de todo o mundo circulem. Haveria, então, um meio de conter este fenômeno, aparentemente sem controle? Atualmente, graças aos grandes avanços tecnológicos nas áreas da informação e da comunicação, o acesso da população à internet é cada vez mais amplo, principalmente entre jovens e crianças. Porém, além do crescimento da liberdade de acesso à informação, cresce também a sensação de uma falsa liberdade de que, estando por trás de um computador ou celular, protegido pela distância e pelo anonimato, pode-se humilhar ou denegrir a imagem de uma pessoa. Deste modo, ao mesmo tempo em que existem pessoas que se indignam com estes atos, há também quem participe e fomente a agressão que é cometida. Todavia, estando-se em um ambiente virtual, no qual aparentemente não há nenhum controle, torna-se impossível prever quais proporções este ato irá tomar. Assim, a fim de se impedir o surgimento da primeira centelha, é necessária maior conscientização sobre a gravidade e a velocidade da propagação de atos hostis praticados no ambiente virtual e, também, sobre as conseqüências que poderão ser acarretadas a quem os pratica, que serão, possivelmente, maiores do que uma simples “semana sem computador”.