Na contemporaneidade, é indiscutível a repercussão do cyberbullying na sociedade brasileira. Com o grande avanço da cybertecnologia, que cresceu exponencialmente nos últimos anos, inúmeros foram as consequências acarretadas por tal desenvolvimento, uma delas foi a dos desvios da moralidade no âmbito virtual. É bem verdade que o ser humano, a partir da criação da primeira rede de telecomunicação até findar, nos dias de hoje, na internet, tem o espaço virtual como uma das bases da civilização moderna, estando ela presente em todas as esferas sociais do nosso país e do mundo. Tal avanço tecnológico proporcionou novas formas de interação e comunicação interpessoal, como, por exemplo, através de redes sociais, SMS e Twitter, trazendo, assim, uma gama colossal de benefícios para a civilização hominídea. Embora saibamos de tudo isso, é importante salientar que tal avanço, além de acarretar vários benefícios, também fomentou a problemática do cyberbullying, na qual a tecnologia da informação e comunicação é utilizada para hostilizar indivíduos, ou grupos, por meio de ofensas e ameaças virtual. Também é importante pontuar que o bulling - manifestação anterior do cyberbullying - que na sua forma primária era efetuada pessoalmente, com o avanço da tecnologia, tornou-se algo impessoal e mais difícil de se conter, pois, conforme a parábola do "Anel de Giges" presente no livro "A República"do filósofo Platão, o suposto anonimato que o espaço virtual proporciona ao agressor, gera a sensação de impunidade. Conforme o grande filósofo Nietzsche: "Todo conhecimento implica poder". Assim, ao nos apoderarmos do conhecimento adequado, teremos a capacidade para resolver o problema do cyberbullying. Basta que o poder público, em conjunto com a sociedade civil, crie mais campanhas socioeducativas que informem sobre os malefícios de tal prática e que haja a implementação de uma matéria escolar de cybereducação, para que, desde a infância, a consciência virtual seja incentivada.