A internet, embora seja um importante meio de comunicação, passou a ser usada para expandir o bulluing tradicional-que geralmente se limitava apenas entre o convívio social, nas escolas. O termo "cyberbullying" caracteriza um tipo de violência praticada contra alguém através da internet. Assim como o bullying traz grandes sequelas para as vítimas, o cyberbullying além dessas sequelas, abrange um público grande, onde a pressão sobre a agredido torna-se maior. No espaça virtual, a exposição de opiniões, culturas e imagens tornou-se questão de liberdade individual, e os julgamentos de terceiros frente ao exposto, também. Indivíduos de má índole criam perfis falsos- que dificultam a identificação- para denegrir, difamar, insultar e ofender vítimas virtualmente. Tal crime é praticado através de divulgações de fotos, vídeos, áudios e comentários maldosos. Além disso, muitos chegam a criar grupos para difundir pensamentos intolerantes, seja sobre algo ou alguém. Essas ações só ganham relevância pois conquistam plateias, que se mostram indiferentes a atitudes errôneas Um caso que ganhou destaque foi o da jornalista da Globo, Maria Júlia Continho, a qual, por ser negra, foi alvo de piadas, xingamentos e comentários racistas. Muitas jovens após ter fotos, onde aparecem nuas, vazadas nas redes sociais, acometidas pelo medo e pela vergonha e em meio ao desespero, encontram no suicídio a liberdade de se verem livres das humilhações. As vítimas de bullying tanto virtual como o tradicional, sofrem silenciosamente, desenvolvendo, consequentemente, problemas psicológicos, dificuldade de convívio, baixa autoestima, bem como depressão e em alguns casos, o suicídio. Diante dessa situação, faz-se necessário que medidas sejam tomadas o quanto antes. O governo deve, em parceria com as empresas de redes sociais, investir em um setor investigativo específico para crimes on-lines, de modo que os infratores sejam punidos. Também, seria relevante, que a mídia usa-se sua influência para divulgar a importância de denunciar casos de cyberbullying, assim como estimular o respeito ao próximo. As Ongs, junto com o governo, devem oferecer nas escolas e comunidades o suporte de psicólogos, pois estes podem tratar de sequelas causas por ofensivas virtuais. Por último, mas não menos importante, é indispensável que os pais estimulem diálogos com os filhos, a fim de tomarem conhecimento se seu filho está sofrendo algum tipo de agressão ou se ele está agredindo, além de monitorar o acesso dos as redes virtuais.