No holocausto nazista, milhares de pessoas sofreram atrocidades por não se encaixarem no perfil da raça ariana. No Brasil atual, jovens considerados diferentes nas escolas sofrem retaliações por meio do uso indevido da internet, gerando graves problemas comportamentais e físicos. Comentários e imagens depreciativos são alguns dos exemplos de cyberbullying, ele se caracteriza pela violência virtual em que o anonimato e a fácil propagação de ideias são usados como meio de ridicularizar o próximo. Esse tipo de humilhação acontece com mais frequência entre os jovens quando estão em ambiente escolar, mas, também pode ocorrer no trabalho. Os agressores atingem as pessoas mais frágeis, geralmente, os alunos mais dedicados, os com diferenças físicas ou com problemas comportamentais. Na internet, o espaço virtual toma proporções infinitas, o poder de ridicularizarão se amplia e a vitima sente insegurança em qualquer lugar. Em “Bullying: Mentes Perigosas Nas Escolas”, Ana Beatriz Barbosa cita algumas doenças que são consequências desses relacionamentos, como: bulimia, angústia, anorexia e problemas de socialização, levando em alguns casos até ao suicídio. Adolescentes que sofreram essas agressões tendem a se tornarem adultos depressivos, ansiosos ou violentos, reproduzindo a relação que sofreram. Assim, essa depreciação se tornou ainda mais perversa que a do bullying tradicional que era restrito apenas as paredes escolares. Infere-se que o cyberbullying deve ser combatido pelo Estado e pela sociedade como meio de se evitar consequências irreversíveis. Cabe ao Governo fiscalizar as redes sociais por meio do Marco Civil da Internet para evitar novos ataques e punir os já praticados. Cabe à escola promover reuniões conjuntas entre pais e alunos em que o comportamento do jovem seja analisado; para que assim os jovens fiquem informados sobre atos prejudiciais ao seu desenvolvimento e a prática do bullying seja erradicada.