Título da redação:

Agressão virtual, estrago real

Proposta: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 21/07/2015

O avanço da tecnologia permitiu ao homem o conhecimento de diversos mecanismos de sobrevivência bem como uma evolução no modo de viver. No entanto, essa progressão gerou também algumas mazelas sociais que dificultam a relação harmônica entre as pessoas. Nesse contexto, a internet e os celulares tornaram-se ambientes perfeitos para a proliferação de um novo tipo de crime: o cyberbullying. A atrativa fluidez dos meios de comunicação provoca a exposição excessiva dos indivíduos. Tal fato permite que o já conhecido bullying torne-se ainda mais perverso, já que o potencial de agressores aumenta devido a não limitação do espaço virtual. Dessa forma, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuada em todos os lugares e a todo instante. Como a "plateia" e o número de opressores é maior, a vítima não sabe de quem se defender, buscando assim, soluções imediatistas e irracionais. A dificuldade na identificação do agressor é uma consequência desse processo. Assim, devido a quantidade de cyberbully's, a ação das autoridades para a resolução do problema é vagarosa, configurando um quadro de inferiorização da vítima. Isso contribui para que não ocorra o empoderamento do oprimido, ocasionando, geralmente, depressões, distúrbios alimentares e déficit de atenção. Todo esse quadro de violência simbólica e humilhação moral é comum nas escolas brasileiras, uma vez que, segundo uma pesquisa da organização não governamental PLAN feita com 5 mil estudantes, pelo menos 17% deles já foram vítimas do cyberbullying. Percebe-se, portanto, que o cyberbullying é um crime advindo do avanço tecnológico que traz danos ao convívio humano. Para modificar esse cenário hostil, é preciso que as instituições de ensino incluam discussões com alunos acerca do respeito mútuo na matriz didática, utilizando o auxílio de psicólogos para entender as angústias que envolvem o universo juvenil. Ainda assim, as autoridades devem agir com eficiência na identificação dos opressores e caso o crime ocorra entre crianças a participação da família é de fundamental importância na resolução do caso.