Título da redação:

A tecnoviolência

Tema de redação: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 02/09/2016

O grande desenvolvimento tecnológico, intensificado nos séculos XVIII e XIX devido à Revolução Industrial, trouxe mudanças significativas aos meios de comunicação. Atualmente, a evolução destes meios tem como símbolo maior a internet, recurso muito utilizado, principalmente por jovens, na busca de informações e novos modos de relacionamento. Entretanto, as redes sociais, abertas à liberdade de expressão, vêm se tornando uma potente ferramenta para pessoas mal intencionadas, que usam o Facebook ou o Twitter, por exemplo, para ofender terceiros. Comentários constrangedores, "piadinhas" sobre pessoas acima do peso, ameaças e palavras ofensivas na internet (geralmente com conotação homofóbica, racista ou machista) caracterizam o cyberbullying, problema que, de acordo com pesquisa feita pela Intel Security, afeta 21% dos jovens entrevistados. O dado, além de evidenciar a realidade deste crime, mostra a insegurança virtual, que é potencializada pela possibilidade de se expressar usando um codinome ou, simplesmente, mandar uma mensagem anônima, atrapalhando o reconhecimento do agressor. As agressões podem causar diversos prejuízos às vítimas. Baixa auto estima, isolamento social e depressão são alguns dos danos mais comuns. Em casos extremos, a raiva e a tristeza sentidas por aqueles que sofrem cyberbullying é tão grande que os levam a ter respostas violentas aos agressores (quando se conhece pessoalmente o agressor), o que gera um ciclo de intimidações e desconfortos. Além disso, ofensas muito intensas podem levar o indivíduo que, por não suportar a agressão, se suicida. Diante dos argumentos, fica claro que uma intervenção governamental, midiática, escolar e familiar deve ser feita. O Governo, intensificando a aplicação da Lei anti-bullying n°13.185, criada em 2015, por meio de punições severas, programas de segurança na internet e um espaço para denúncias contribuiria para reverter essa situação. Além disso, a mídia e a escola, disseminando campanhas contra esse tipo de violência e fazendo bate-papos sobre o assunto, ajudariam na conscientização dos jovens. Os pais também podem contribuir, monitorando e orientando seus filhos nas redes sociais, para que estes não pratiquem nem sofram o cyberbullying .