"Estamos condenados à civilização. Ou progredimos, ou regredimos." Se Euclides da Cunha ainda estivesse vivo já teria conhecimento do caminho que a sociedade escolheu, afinal, a internet, que surgiu para fazer bem a humanidade, é o regresso de uma sociedade que se diz "civilizada". Dentro dessa perspectiva, práticas como o cyberbullying faz do espaço virtual um lugar triste, pouco proveitoso e hostil. Mascarados de piadas, xingamentos discriminatórios espalham-se no meio virtual. Com o advento do anonimato facilitado, certas pessoas utilizam perfis falsos para divulgar pensamentos intolerantes e desrespeitosos. Desse modo, a investigação converte-se em algo complicado e quem comete o crime fica impune. Tal situação ocorre todos os dias nas redes sociais e um visível exemplo foi o ocorrido com a Monalysa Alcântara, eleita miss Brasil 2017, que por ser negra, sofreu ataques racistas na internet, como "cara de empregadinha", "cotas chegaram nos concursos de beleza." Como consequência disso, a vítima, ao ser atingida por comentários vistos como imorais e antiéticos, desencadeia dificuldades na convivência social. Diante disso e juntamente com a rejeição de uma parcela preconceituosa da população, é facilmente desenvolvido sentimentos como o medo, a vergonha, a baixa auto estima, além da depressão, que pode levar, em casos mais sérios, ao suicídio. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de se estimular o respeito ao próximo. As escolas, juntamente com a mídia, deve contribuir com campanhas educacionais, servindo de informação para a sociedade. Ademais, a família pode colaborar com a educação, ensinando sobre respeito e ética, além de observar o comportamento de seus membros online. Por fim, o governo deve criar instituições como, o "Olho vivo online," onde autoridades ficariam logadas na internet fiscalizando as páginas e atentas a qualquer ato de violência, podendo, dessa forma, aplicar ao praticante a devida punição. Com essas medidas, quem sabe, os leitores de Euclides possam afirmar que a sociedade escolheu progredir.