Título da redação:

A realidade do bullying virtual

Proposta: Cyberbullying e o avanço da tecnologia nos desvios da moralidade.

Redação enviada em 09/08/2015

A Terceira Revolução Industrial, ocorrida em meados do século XXI, proporcionou ao mundo maior acessibilidade aos meios de comunicação. A internet, ao longo dos anos, desenvolveu uma função expressiva como difusora de informações. Entretanto, o fato do espaço virtual ser ilimitado, tem ampliado o poder de agressão, tornando o bullying cada vez mais perverso. Aristóteles afirmou que o homem é um ser social. Nesse sentido, apesar de existir um distanciamento físico, as redes sociais evidenciam a necessidade desse de estar em grupos e interagir com outro. Contudo, a ausência da proximidade física e o anonimato em sites de relacionamentos criam um espaço favorável para disseminação de mensagens e comentários depreciativos, se alastrando rapidamente. Embora o cyberbullying não consista em agressões físicas, e por isso é comumente visto como menos danoso, tem consequências tão ou mais graves quanto as do bullying real. O abuso sofrido pela vítima do bullying virtual é, em sua maioria, de cunho psicológico, no entanto, pode chegar a se tornar físico em casos extremos. Ameaças de morte, agressão física e publicação de informações pessoais são alguns meios mais violentos. Na internet e celular, ataques geralmente direcionados às características pessoais da vítima se tornam frequentes. Recentemente, um caso que chamou atenção da mídia foi o da ''garota do tempo'' do Jornal Nacional. Maria Júlia Coutinho foi atingida com comentários racistas na página do jornal no Facebook. A popularização desses sites, aliada à impunidade proporcionada por um suposto anonimato dessa prática, torna o cyberbullying mais vulnerável no mundo digital. Dessa forma, fica claro que a violência virtual tem efeitos reais na vida de quem a sofre. Para minimizar o problema, deve ser criada uma legislação específica contra o cyberbullying, que vise punir os agentes dessa prática, além de melhor as já existentes. A escola, por sua vez, deve levantar questionamentos e debater sobre o uso da internet de forma benéfica. Só assim, será possível um espaço virtual mais harmônico e mais justo.