O bullying é um termo utilizado para descrever situações de agressões verbais ou físicas realizadas repetitivamente por um grupo ou mais de pessoas. Entretanto, com a chegada da internet e a propagação das mídias sociais surgiu o cyberbullying, onde esse tipo de violência tomou um novo rumo e com proporções ainda maiores. O cyberbullying, como é chamado a prática de bullying nas redes sociais, tem consequências severas. Por não ocorrer num espaço restrito e ter uma rápida disseminação, a exposição da vítima foge ao controle e o constrangimento e os danos psicológicos são desmedidos. Além disso, a internet e a suposta vantagem do anonimato dificultam a identificação dos agressores, o que gera uma sensação de impunidade. Um exemplo da gravidade da situação, foi o ocorrido com a jovem Julia Rebeca que teve um desfecho trágico. A brasileira teve um vídeo íntimo vazado no WhatsApp e foi desmoralizada frente à uma plateia inumerável. Não suportando a pressão, enfim suicidou-se. Diante desse contexto, foi estabelecido o Marco Civil da Internet, que compõe uma regulamentação da Internet. Uma de suas pautas está na responsabilidade do internauta sobre os conteúdos postados. Entretanto, ainda há muito para ser feito, pois as más condutas no mundo virtual não rende mais que penas brandas. O bullying na realidade virtual é efetivamente mais duro e cruel. Portanto, há uma necessidade urgente de mudança, não apenas no cunho legislativo, mas principalmente no cunho comportamental. O Marco Civil da Internet precisa de alterações que garantam punições mais severas. O Ministério da Justiça também deve implementar as delegacias para que hajam profissionais treinados em lidar com essa problemática. Além disso, é imprescindível que o Ministério da Educação atue na prevenção e conscientização em relação aos crimes cibernéticos, através da inclusão de atividades e conteúdos nas escolas que trabalhe o tema sobre a ótica da moral e da ética.