É de conhecimento geral a influência da internet na sociedade contemporânea. Juntamente a ela, pode-se associar as redes sociais que, atualmente, se tornaram uma espécie de mundo paralelo, o mundo virtual. Contudo, a exposição integral do indivíduo é geradora, principalmente no meio juvenil, de muitos problemas, como o cyberbullying. Nesse contexto, há importantes fatores que devem ser levados em consideração, como a grande dependência do indivíduo para com o mundo virtual e a facilidade de anonimato na rede. Consoante o sociólogo Norbert Elias, a sociedade se encontra em uma teia na qual os indivíduos são interdependentes entre si, porém o menos dependente se sobrepõe sobre o mais dependente. Assim, usando esse aforismo para analisar a rede virtual, o usuário passa a ser subserviente desse mundo, fazendo, assim, sua vida girar em torno deste. Por conseguinte, vulnerável à qualquer situação, a pessoa fica exposta e se torna alvo fácil de qualquer ataque cybernético. Outrossim, o não conhecimento aprofundado da tecnologia por alguns usuários, faz com que o 'ser anônimo' fique coberto. Como consequência disso, realizando ataques contra a moral do utente da rede, aquele que pratica o bullying sai ileso de qualquer acusação, causando intensos danos psicológicos à sua vítima. Exemplo notório disso foi o caso do adolescente Andrew Stuart, 14, que, após ser alvo de humilhações, em 2013, feitas por colegas de classe cujos perfis usados eram falsos, suicidou-se, utilizando o revólver do pai. Pode-se, pois, perceber que na internet, todos os usuários estão vulneráveis a ataques. Assim, cumpre aos pais o papel de acompanhar os passos de seus filhos no computador a fim de ajudar a diminuir os casos de cyberbullying. Ademais, cabe aos criadores das redes sociais criar mecanismos que impeçam o cadastro de contas ''fake'', como o requerimento de endereçamento postal. Dessa forma, a internet sera usada de forma correta e consciente, sem gerar danos a ninguém.