Segundo Lélio Braga Calhau, promotor de justiça, professor e escritor, o bullying é “um assédio moral” e uma ação que destrói a estrutura psíquica de outra pessoa sem motivação alguma e de forma repetida. O cyberbullying também está ligado à coação, porém acontece na internet, que é um cenário encorajador aos agressores, visto que, as chances de serem descobertos ainda são pequenas. Contudo, os primeiros sinais de mudanças no que diz respeito aos crimes virtuais começam a aparecer. Nos últimos anos, com o aumento na quantidade de casos de ofensas e humilhações por meio da rede mundial de computadores, as autoridades, entre elas políticos e policiais, estão mais atentos às leis brasileiras e ao posicionamento tomado perante as denúncias e casos concretizados por meio das redes sociais, e-mails e sites em geral. A definição clara quanto a punições para quem pratica ou apoia esse crime é um passo importante para o progresso. Seja para quem inicia a ação, compartilha o conteúdo ofensivo ou mesmo apoia os idealizadores iniciais, somente. Esse ciclo só terá fim com investigações bem feitas, que resultem em penas aplicadas e seguidas com seriedade. Para isso, em síntese, é necessário um estudo – com foco nas informações gerais sobre as ocorrências já registradas – e a partir disso, se faz indispensável à elaboração de uma lei ou emenda constitucional capaz de suprir os acontecimentos mais recorrentes. O investimento na preparação dos profissionais que cuidarão das investigações e dos julgamentos dos casos, por ser um assunto ainda pouco explorado, também se faz necessário. Após essas mudanças, o ambiente virtual será menos aberto para o crime virtual e impunidades.