O receio de destaque das opiniões distintas, divulgações de informações e a necessidade de interagir-se coletivamente no âmbito social, fez com que os indivíduos compartilhassem através de expressões e imagens nas redes sociais. No entanto, no âmbito virtual as pessoas são mascaradas através de perfis que devido a isso deu resistências para os infratores exercer o cyberbullying. É incontestável o impacto que os avanços tecnológicos (celulares e computadores)aliados a rede virtual influenciam na prática do Cyberbullying - difamação de alguma pessoa via internet- propicia aos indivíduos, pois, além do amplo acesso à informação, colabora para divulgação das montagens de imagens forjadas para agredir mais ainda as vítimas. Um dos fatos mais recentes foi o da jornalista do Jornal Nacional, Maria Júlia Coutinho, na noite de quinta-feira (02) de julho, internautas postaram uma foto da "Majú" que em seguida diversos comentários preconceituosos raciais repercutiram o Brasil. Em um inesperado sincretismo, todos os famosos a consolaram com a frase "#SomosTodosMajú". De fato, esse e outros casos vem ocorrendo no país, gradualmente, sem dúvida, essa prática traz problemas sociais, em suas várias instâncias psicológicas da vítima, que muitas vezes, sentem vergonha de sair de casa, consequentemente, buscam por tratamentos e perdem a vontade de manifestar diante das redes sociais. Convém lembrar que os atos de Cyberbullying são decorridos pela máscara entre os infratores e vítimas, pois as agressões acorrem através de perfis, que muitas vezes, são de identidade forjada. Além disso, somados a falta de senso crítico e da ética para o convívio na humanidade dentro do âmbito social reflete diretamente nas difamações virtuais. O filósofo Kant, já afirmava através da sua teoria do Imperativo Categórico que é importante o conhecimento da ética para se viver, relacionar e ser justo aliado a moral com todos os indivíduos da humanidade de forma harmônica. Sendo assim, é mais do que necessário se tornar rigoroso o Marco Civil Histórico da Internet- foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff em 2014- que tem como objetivo precípuo oferecer segurança jurídica aos usuários da rede, a fim de evitar as difamações. Não se pode deixar de lado, também, o importante papel exercido pelas escolas, que têm a função de preparar e formar, desde a base, crianças para o convívio na humanidade e respeitar o próximo. Isso se daria através da obrigatoriedade de aulas de Filosofia, desde o Ensino Fundamental, a fim de criar nos alunos uma capacidade de senso crítico e ético, dessa forma, não sendo vulneráveis para difamar o próximo na rede virtual.