No Brasil, o princípio da proteção integral da criança e do adolescente tem como marco de origem legal a Constituição Federal de 1988, que por sua vez está baseado nos princípios da revolução francesa, que seguia os seguintes lemas: igualdade, fraternidade e liberdade. Nessa constituinte, estabeleceu-se como dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, garantindo assim o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à liberdade além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Infelizmente, em pleno século XXI, existe uma parcela desse grupo social que por sua vez deveriam ser asseguradas por esse direitos, porém, elas estão invisíveis para a sociedade e para as agendas das políticas públicas. Deste modo, são vistas as crianças que habitam nas ruas do Brasil. É desumana e cruel a situação de meninos e meninas que tem nas ruas o espaço de trabalho, vivência e desenvolvimento. A desestruturação familiar, a falta de investimento estatal em políticas socioeducativas, o abandono, o falecimento dos pais, o abuso e a fome são alguns dos motivos que levam diariamente milhões de crianças e adolescentes a se exporem ao risco de viver nas ruas sem qualquer amparo. Além disso, a Constituição Federal brasileira e o Estatuto da Criança e do Adolescente deixam claro que as crianças e adolescentes são, antes de tudo, sujeitos de direitos que devem contar com a prioridade absoluta das políticas e planejamentos socioeconômicos. Dessa forma, as pessoas que ainda não atingiram a maioridade têm total primazia em atendimentos de socorro, proteção e serviços públicos em geral. As famílias têm obrigação de se esforçar ao máximo para a plena formação daqueles que ainda não se desenvolveram completamente. Uma vez que isso não aconteça, não importando o motivo, é obrigação do Estado zelar e cuidar dessas crianças e adolescentes. Em suma, fica evidente a necessidade de elaboração de políticas públicas para auxiliar e combater esse descaso. Através da criação de projetos que amparem à saúde mental dessas crianças e adolescentes que habitam ou habitaram nas ruas, e a aprovação de leis que assegurem o amparo e tratamento adequado a esses jovens e adolescentes. Assim como, o auxílio das grandes mídias para informa a população a respeito das consequências ocasionadas por essa pratica e as formas de auxiliar essa parcela da população que sofre tanto com esse descaso, isso poderá ocorrer em debates em telejornais ou em programas educativos. Dessa forma, surge uma maneira de amenizar os impactos causados a esses jovens pelos tempos modernos.