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Redação sem título.

Proposta: Crianças em situação de rua e soluções para o problema

Redação enviada em 04/09/2018

Segundo o psicanalista Sigmund Freud, as experiências vividas na infância, bem como a influência dos pais nessa, são essenciais para a formação adulta dos indivíduos. Entretanto, hodiernamente no Brasil, mais de 23 mil crianças são moradoras de rua e, com essa fase crucial ameaçada, demonstram a continuidade de problemas sociais nas futuras gerações. Ter acesso a uma moradia adequada, tendo em vista a Constituição Federal de 1988, é um direito social e essencial segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Porém, crianças brasileiras têm esses direitos violados ao serem colocadas em situações desumanas. Esse fato mostra a manutenção da desigualdade, como um ciclo: esses meninos e meninas, não só por não terem acesso a boas informações ou condições como também por estarem mais expostos à influências negativas estão propensos a dar continuidade a violência e consequente marginalização O antropólogo Darcy Ribeiro afirma que: "O Brasil, último país a acabar com a escravidão tem uma perversidade instrínseca na sua herença, que torna a nossa classe dominante enferma de desigualdade, de descaso". Essa análise da sociedade contemporânea permite perceber o porquê a problemática possui entraves na sua resolução: mais de 70% da população de rua se autodeclaram negros ou pardos. Logo, em um país racista e com uma classe dominante acomodada em privilégios, garantidos e perpetuados por questões históricas, a conquista pela igualdade fica ameaçada. É evidente, portanto, para que a quantidade de jovens na rua diminua, que medidas devem ser tomadas. Cabe ao Governo Federal investir no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome e no Ministério da Cultura para que esses possam abrir mais instituições de acolhimento para crianças, Fábricas de Cultura e Projetos Guri (que fomentam debates sociais e tiram os moradores de ambientes marginalizados e sem estrutura para se dedicarem a atividades culturais), assim como fornecer maior orçamento para o Ministério da Saúde, que deve melhorar e ampliar os centro de reabilitação de drogas. Dessa forma as crianças que moram na rua poderão ser mais acolhidas e as de famílias pobres podem se afastar das drogas e de futuros pouco promissores ao se envolverem com atividades que estimulem o pensamento crítico e artístico.