No Brasil, o processo de favelização e de exclusão de uma parcela da população remonta o período colonial, com a destruição de cortiços em zonas importantes das cidades e o deslocamento da população menos favorecida. Nesse sentido, milhares de pessoas ficaram sem moradia e acabaram morando nas ruas, problema existente até os dias atuais. Dessa forma, compreender os meandros dessa problemática urge como uma intensa necessidade social, aliás, a crise existente no país e a falta de assistência governamental surgem, indubitavelmente, como canalizadores desse panorama. Em primeiro plano, é preciso relacionar a crise econômica que se estabelece no país e o problema das crianças em situação de rua. É notório que a situação econômica de um país reflete nas condições sociais, com taxas de desemprego elevadas e com um sistema educacional precário, o Brasil possui um número alarmante de crianças nas ruas, cerca de 21 mil, segundo o site globo.com. Por outro lado, em países bem desenvolvidos economicamente, como a Suiça e a Alemanha, o número de crianças nas ruas tende a 0, revelando o papel fundamental da economia no combate a esse entrave. Outrossim, a falta de assistência governamental está diretamente relacionada com a causa do problema. Por ser a principal fase no desenvolvimento de um cidadão, a infância deve ser preservada e garantida pelo estado, papel que não é realizado com moradores de rua, afetando de forma direta em toda a sua vida. Ademais, os programas sociais vigentes são ineficazes e beneficiam apenas uma pequena parcela dessa população. Para o físico alemão Albert Einsten, “insanidade é não fazer mudanças e esperar melhorias”, logo, é papel do Governo diversificar as formas de atuação nas ruas, buscando a garantia de direitos da população. Infere-se, portanto, que o Ministério dos Direitos Humanos e o Ministério da Fazenda cooperem buscando soluções para as crianças em situação de rua. Cabe ao Ministério dos Direitos Humanos, por meio da ampliação e criação de projetos sociais, ampliar a assistência oferecida à moradores de rua, oferecendo amplo acesso ao sistema educacional e a campanhas sanitárias, buscando estabelecer direitos humanitários básicos, visando um país menos desigual e mais ético. Além disso, é papel do Ministério da Fazenda buscar soluções para a economia do país, ampliando a oferta de empregos que, por consequência, melhoraria as condições de vida de toda a população. Assim, o alcance e eficiência dessas ações serão relevantes conquistas, de modo que exista uma transformação viva, ética e efetiva.