Os direitos da criança, aprovados pela ONU em 1959, garante a todas, condições de segurança, educação e saúde, para que essas possam crescer e se desenvolver saudáveis. Entretanto, esse contexto não se abrange as ruas, que por falta de políticas públicas, milhares de crianças acabam em situações precárias, passando fome, medo e frio, condições estas que poderão marcar a vida destes jovens. A maioria dos grandes centros urbanos são marcados pelo contraste entre os desenvolvidos prédios capazes de abrigar milhares de pessoas e dos grandes viadutos, moradia de diversas famílias atualmente. A crise econômica que afunda famílias em condições extremas e os refugiados de guerra, que devido as condições desfavoráveis em seu país, tem que montar uma nova vida, e muitas vezes, essa começa na rua. A presença de crianças nesses locais é a marca da negligência com os seus direitos universais, pois as condições a qual estão submetidas não incluem um ambiente seguro, comida e muitas vezes educação, principalmente por que os pais acabam não se preocupando com isso. Charles Darwin postulou que apenas os indivíduos mais bem adaptados sobrevivem ao meio. Para as crianças que vivem na rua não é diferente, desde cedo são ensinadas pelos seus responsáveis a ganhar dinheiro para sobreviver, seja se arriscando, fazendo malabarismos no trânsito, seja contribuindo com o narcotráfico, como entregadores de drogas. Com isso, a educação desses jovens fica em segundo plano, tornando-os dependentes desta situação, uma vez que o mercado de trabalho está cada vez mais seletivo. Desse modo, é necessário medidas públicas e privadas a fim de inverter esse quadro. Com isso, os governos dos países devem criar projetos habitacionais voltados para os moradores de rua, priorizando os que tem crianças, sob acompanhamento de assistentes sociais para ajudar a reinseri-los socialmente. A exemplo do Criança Esperança, da rede Globo, grandes empresas devem criar projetos sociais que trariam os jovens das ruas para brincar e estudar e no futuro, possam mudar suas realidades.