No Brasil, um dos pilares da Constituição Federal é a dignidade da pessoa humana que garante os direitos fundamentais, como moradia, porém hoje no país existem cerca de 21 mil jovens em situação de rua sofrendo com abandono, todavia o ECA -Estatuto da Criança e do Adolescente salvaguarda a proteção integral deles. Contudo, constantes violências e conflitos domésticos, e uso de drogas por seus familiares acabam sendo o estopim, como resultado crianças abandonam suas casas em busca de melhores condições de vida. Além disso, à crise econômica alavancou o aumento de pessoas em situação de miséria, limitando assim, ainda mais suas condições de suprir as necessidades básicas, levando famílias inteiras às ruas. Embora, a lei as ampare, uma parcela dos jovens acaba ficando à disposição dos infortúnios às condições impostas, dessa forma, muitas acabam sobre a proteção de aliciadores que as violentam e as exploram sexualmente, o que é um crime, além do início da vida no tráfico, uso de drogas, e inserção à criminalidade, bem como furtos como meio de sobrevivência. Sabe-se, pois que é obrigatório crianças de 0 a 5 anos frequentarem creches e pré-escola e menores de 18 anos estarem matriculados em colégios, ademais parte da sociedade tem um olhar discriminatório para jovens nessa situação, como resultado os abrigos temporários acabam lotados de crianças de maioria negras e pardas, e maiores de 07 anos, porque não fazem o perfil de adoção. Fica claro, portanto, que o impasse precisa ser resolvido. Os Municípios, por intermédio da Assistência Social, e do Conselho Tutelar devem fazer levantamentos de crianças e jovens em situação de rua para que possam ser tuteladas pelo Estado, e encaminhadas para abrigos para obterem o mínimo de amparo necessário, além de fomentar campanhas de adoção e apadrinhamento, a fim de encontrarem um novo lar.