No Brasil, o direito à moradia é classificado como um direito constitucional desde o ano de 2000, entretanto, ainda há moradores de rua sem seus direitos, entre eles crianças e adolescentes que estão em situação de risco nas ruas. Uma vez que crianças vivem na rua estão suscetíveis a passarem fome, a se contaminarem com doenças e até serem abusadas sexualmente ou levadas ao mundo do crime, problemas esses que devem ser solucionados pelo governo que tem o dever de proteger as mesmas. O problema de crianças e adolescentes nas ruas deve ser pensado, sob uma primeira analise, o porquê de estarem ali. Essas crianças estão escapando da pobreza, de moradias inadequadas, famílias desestruturadas, violência doméstica, desalojamento, desastres naturais, conflitos e guerras. Elas tomam as ruas porque não há outro lugar para onde ir. Uma vez nas ruas, elas sofrem discriminação e estigmatização. Dessa forma, elas continuam sofrendo nas ruas, sem um amparo e vulneráveis a todo tipo de violência que ali estão. “Crianças em situação de rua, frequentemente tendo escapado da violência, encaram um alto risco de serem sexualmente exploradas”, disse Maud Boer-Buquicchio, relatora especial da ONU sobre venda e exploração sexual de crianças. Esse círculo vicioso de violências e abuso tem que acabar através de uma abordagem efetiva de apoio e cuidado por meio do governo. Dessa forma, deve se proteger e retirar crianças e adolescentes das ruas dando-lhes direitos e oportunidades. O Estatuto da Criança e Adolescentes (ECA) deve estar juntamente com a policia buscando e oferecendo assistência social, juntamente com projetos sociais para encaminhar essas crianças a um abrigo até serem levadas à novos lares. Para assim diminuir o sofrimento que lhes foi causado e terem possibilidades de um futuro melhor.