O Brasil, mesmo após a criação e leis que garantem direitos a população jovem, ainda vive o drama das crianças de rua. O ECA estabelece que toda a criança tem o direito a moradia e principalmente ao convívio familiar, porém, a grande maioria das crianças em situação de abandono saiu de casa por conta de brigas familiares ou violência doméstica. O Estatuto da Criança e do Adolescente, criado durante o governo Collor, foi um marco para a criação e a educação de crianças no Brasil. Segundo o estatuto, toda a criança tem o direito a moradia, saúde, educação e lazer, porém, isso não se aplica as crianças de rua, as quais não chegam a ter a educação básica. Assim, os direitos estabelecidos pelo ECA, que tem tese deveriam ser aplicados a todos, não chegam até a parcela mais desamparada da sociedade. A família, que é a principal unidade básica da sociedade e o principal grupo social onde uma criança é inserida, em certas ocasiões como brigas, leva a criança a sair desse grupo social, levando-a ao abandono. Assim sendo, grande parte das crianças que estão desamparadas sofreram ou viram a violência dentro de casa. Destarte, a problemática da criança de rua é complexa, pois envolve não somente o Estado mais também a instituição familiar. Portanto, é necessária a aplicação da lei, oferecendo os direitos básicos a essas crianças, além de criar programas de orientação familiar, aliado a criação e o reforço às leis sobre a violência doméstica, evitando assim que a criança saia de casa. Ademais, o Estado deve promover programas para o acolhimento de crianças órfãs que vivem nas ruas. Talvez assim, esse grande problema social seja resolvido.