A partir de 1988, a promulgação da Constituição Cidadã garantiu o direito à moradia e à alimentação. Contudo, tais direitos são negligenciados ao analisar a situação de rua em que inúmeras crianças vivem atualmente. A intensificação da miséria com a crise econômica recente vinculada a desestruturação familiar causada pela violência são os principais motivos que levam mais de 21 mil crianças a viver nas ruas, segundo a Campanha Nacional Criança Não de Rua. Tal situação permanece inalterada quando estes jovens tornam-se adultos, haja visto que a discriminação, a falta de formação profissional e inexistência de um endereço fixo dificultam o ingresso no mercado de trabalho em qualquer setor. Em consonância com os motivos que levam estas crianças em situação de rua, há, em nossa sociedade, uma despreocupação em discutir a condição destas crianças. Um processo aparentemente simples como adoção é dificultada devido às exigências que muitas famílias têm ao adotar, além disso a falta de campanhas e programas que desconstruam a padronização no ato de adotar também mantém uma parcela de jovens enraizados na marginalização. É necessário, portanto, a atuação fortificada do Estado em aumentar o investimento em programas sociais como o Bolsa Família para reduzir a miséria de inúmeras famílias, bem como, a assistência social junto ao Ministério Público devem intervir na situação de qualquer violência, oferecendo um lugar que forneça educação e apoio psicológico. Por fim, ONG's unidas à mídia devem incentivar campanhas de adoção de qualquer criança livre de exigências e padrões