Os anjos das ruas O termo “crianças de rua” foi utilizado pela primeira vez em 1951, pela UNESCO, para se referir às crianças que perambulavam pelas ruas após a Segunda Guerra Mundial na Europa. Contudo, essa situação se espalhou pelo mundo, tendo cada uma um fator de influência diferente, mas sempre ligado às causas familiares. E sem algum ampara, cada criança segue um rumo divergente na vida, muitas vezes negativo. Ao se examinarem alguns casos, verificam-se que a maioria deles são influenciados pela violência doméstica, normalmente praticada pelo pai da família, onde os coagidos são as crianças e/ou as mães, procurando nas ruas um novo abrigo. Outro fator contribuinte, é a falta de recursos para sustentar a família que por vezes passa fome, levando os filhos a buscarem alimento nas ruas. Além disso, há a questão da atração que esse caminho poderia ofertar, trazendo mais prazeres à vida. Em consequência disso, vê-se, a todo instante, pessoas estereotipando-as como pequenos criminosos ou esfomeados em busca de uma vida fácil e, por isso fugiram de casa. Entretanto, elas não entendem e nem sabem que por trás desses “criminosos”, existem crianças desamparadas em busca de um lar, com pais, educação e alimentação. E isso deveria ser direito delas, por constar no Estatuto da Criança e do Adolescente, mas o sistema é falho. Portanto, para solucionar o problema, o governo tem que criar meios eficazes para a reestruturação familiar, através de moradia e emprego, para que os pais possam dar uma vida digna aos seus filhos. Educação e assistência às crianças, por meio de centros educativos que englobassem lazer, cultura e profissionalização, além do apoio familiar, que auxilia a estimular a criança. Pois segundo Paulo Freire: “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. ”