É notório que na segunda geração do Modernismo a segregação social de alguns grupos já era citada em livros como “Capitães de areia” de Jorge Amado. Atualmente essa exclusão ainda existe na sociedade brasileira, há o exemplo das crianças que vivem nas ruas. Dentre outros fatores que contribuem para a persistência da atual situação, tem a falta de programas governamentais. A Constituição vigente, promulgada em 1988, denota, no artigo 193, que a ordem social tem por objetivo o bem-estar e as justiças sociais, porém tal direito legal não está acontecendo na prática, uma vez que por não haver investimentos em medidas que visem a retirada de crianças das ruas, elas ficam mais expostas a cometer crimes, ao consumo de drogas e a se submeter a situações de risco, como o caso de meninas que para sobreviver nas vielas recorrem à venda do próprio corpo para obter o sustento. Desse modo, o número de garotas que pode ter uma gravidez indesejada irá eclodir. Ademais, a escola fica no último plano dessa garotada, pois não é uma questão de ir ou não aprender a ler e escrever, mas sim a tentativa de sobrevivência se sobrepõe a de estudar. Portanto, a maioria dos garotos que vivem nas ruas não tem a oportunidade de frequentar uma instituição educacional. Consequentemente, torna-se evidente a necessidade de uma tomada de atitudes. O Governo Federal deverá destinar uma quantia para a criação de institutos, que visem tirar as crianças das ruas e assegurar os diretos citados no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente). Assim, ao adentrarem esses projetos os pequeninos poderão ter uma frequência regular na escolas e um acompanhamento adequado de psicólogos e assistentes sociais. Destarte, gradualmente o número de crianças em situação de risco cairá. Desta maneira, a legislação brasileira será respeitada.