Título da redação:

Bichos: Marginalizados pelo sistema.

Proposta: Crianças em situação de rua e soluções para o problema

Redação enviada em 27/03/2018

Carta Magna brasileira, a constituição de 1988 assegura a todo cidadão, de maneira inalienável, o direito à moradia e à proteção à infância. No entanto, ela é ferida frente aos dados revelados pelo jornal Gazeta do Povo de que 23 mil crianças ainda vivem nas ruas do Brasil. Nesse contexto, ressalta-se como a pobreza gerada pela ineficiência do estado contribui para a questão. A miséria gerada pela falta de oportunidades e a consequente pobreza é a causa desse revés. Assim, de acordo com o Materialismo Histórico, explicado pelo sociólogo alemão Karl Marx, todas as ações e relações antrópicas estão relacionadas ao âmbito material e econômico. Fica evidente, então, como na política brasileira os interesses lucrativos de poucos regem as decisões em detrimento do bem-estar e crescimento da nação, ocasionando, infelizmente, a exclusão e a inevitável situação de rua de milhares de crianças. Consoante a isso, observa-se que a mazela social em questão não é exclusividade dos dias atuais. Tal fato é notório no poema “O Bicho” de Manuel Bandeira , escrito na década de 1940, em que o autor retrata como o indivíduo marginalizado é tratado como um animal e vive em condições subumanas. Condições essas que expõe crianças à criminalidade, drogas e à violência sexual constantemente pelas ruas das cidades brasileiras. Faz-se necessário, portanto, medidas a curto e longo prazo que, respectivamente, atenuem e erradiquem a problemática. Como medida de emergência, o Governo Federal por meio do Ministério do Desenvolvimento Social em consonância com ONGs, deve direcionar maiores investimentos e aplicações em abrigos e casas de apoio, e, também, na preparação e qualificação de profissionais para que seja feita a abordagem necessária e o recolhimento dessas crianças oferecendo o amparo carecido. Ademais, seguindo a Teoria Reformista, é necessário erradicar a pobreza que gera o inchaço e o crescimento populacional desenfreado, causando problemas sociais como a marginalização. Diante disso, o investimento em educação é o principal caminho a ser seguido.