O abandono de crianças no Brasil existe desde o século XVIII. Na antiguidade, especificadamente em Roma e Grécia, as crianças eram abandonadas por diversos fatores como malformação, falta de condições econômicas e preservação da honra de moças de famílias. Com isso, a sociedade sofre a herança desse passado com o aumento de crianças em estado de discriminação. No Brasil, estima-se que 13,8% dos jovens não possuem requisitos fundamentais para sobrevivência como saúde, alimentação, educação e autocuidado de acordo com o Censo da Secretária de Diretos Humanos (SDH). Em meados da década de 90, surge uma esperança para os menores desamparados com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que regulamenta políticas públicas a favor dos diretos e deveres infantis. Portanto, algumas medidas governamentais podem ajudar a mitigar os índices de abandono infantil como planejamento familiar por meio de programas sociais de conscientização do controle da natalidade, adoção de políticas de saúde gratuitas relacionada à laqueadura para mães, as quais possuem muitos filhos e queiram passar pelo procedimento. Outrossim, e não menos importante, a punição para pais ou responsáveis legais os quais abandonam as crianças devem ser mais rigorosa. Valendo ressaltar ainda que, crianças em situações de ruas podem apresentar uma relação com a criminalidade. A mídia, a música e a literatura retratam essas temáticas por meio de produções, a primeira com o filme Cidade de Deus, a segunda na canção de Chico Buarque, “Meu guri” e a terceira por meio da obra de Capitães de Areia do autor Jorge Amado. Em outras palavras, todos esses ícones fazem analogia ao abandono e por ser uma questão social deve ser discutida prioritariamente em todas suas facetas, criando políticas públicas supracitadas e chamar a sociedade para fazer seu papel por meio de conscientizações e palestras sobre o tema. Diante do exposto acima, a população brasileira deve se unir em favor de uma causa justa adotando medidas como arrecadação de alimentos, roupas e oferecer atenção aos abandonados e não esperar apenas pelo governo. A solução definitiva para a problemática é a longo prazo, condições dignas de sobrevivências como emprego, saúde, educação, segurança e moradia para os familiares e desamparados são as palavras-chave para erradicar esse enigma.