Os avanços médico-hospitalares e a melhoria nas condições higiênico-sanitárias, no contexto da revolução industrial, contribuíram para o aumento da expectativa de vida. Por outro lado, no final do século passado, observou-se a queda da taxa de fertilidade. Com isso, o aumento da população idosa brasileira surge como uma problemática. As consequências desse processo constituem um desafio a ser enfrentado pela sociedade e pelo Estado. É inegável que o Brasil se encontra em uma fase de transição demográfica. A principal causa disso é o controle da natalidade. As políticas antinatalistas, influenciadas pela teoria Neomalthusiana, incentivam o “planejamento familiar” e os métodos contraceptivos, com o objetivo de evitar a escassez de recursos públicos. Portanto, a queda na taxa de fecundidade, atrelada ao aumento da expectativa de vida, contribuem para a previsão de uma delicada conjuntura no futuro, de acordo com dados do IBGE, demonstrados nas pirâmides etárias. Como consequência, observa-se uma preocupação de ordem econômica no Brasil. A sobrecarga no setor previdenciário se torna uma realidade à medida que ocorre a diminuição da população economicamente ativa e o aumento de pessoas dependentes dos benefícios de aposentadoria. Além disso, é sabido que os gastos com a saúde pública vêm sendo aumentado, em parte porque os idosos têm maior necessidade de procedimentos médicos de alto custo. Tudo isso pode gerar um indesejado aumento na carga tributária. Entende-se, portanto, que o aumento de idosos no Brasil é uma questão a ser analisada, a fim de que seja feito os devidos planejamentos. Como forma de atenuar o problema, o governo Federal deve facilitar a imigração de trabalhadores, para que o sistema de previdência seja equilibrado. Além disso, faz-se necessário a valorização de políticas de saúde preventiva por parte do Ministério da Saúde, a fim de evitar maiores gastos futuros. Por fim, a Mídia deve, através de programas televisivos, abordar essa questão e enfatizar a importância do respeito ao idoso.