Devido às melhorias na qualidade de vida da população, desde a década de 1970, o Brasil tem seguido os moldes de países desenvolvidos como o Japão, em que a porcentagem idosa da população representa uma parte significativa da sociedade. Nesse contexto, contudo, observa-se que essa realidade trouxe consigo consequências para o longevo no país, cujo acesso ao benefício da previdência e à saúde pública foi seriamente prejudicado. A princípio, o envelhecimento populacional de uma nação evidencia que esse país avançou no que consta ao oferecimento de recursos, oportunidades e qualidade de vida. Por outro lado, se esse aumento do numero de longevos não é acompanhado de prévios planejamentos econômicos e sociais – como no caso do Brasil – a instalação de uma crise previdenciária já é esperada. Logo, atrelando a isso a atual redução do crescimento vegetativo, a população economicamente ativa passa a não ser suficiente para sustentar os gastos com a previdência e, assim, ela não é ofertada adequadamente. Como prova disso, cerca de 20% dos idosos não receberam esse recurso em 2016, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) Além disso, outro problema gerado pelo envelhecimento acelerado da população é o descaso presente na saúde publica, a qual não possui recursos suficientes para atender toda a sociedade e nem oferece condições ideais necessárias aos longevos, haja vista que esse estrato social necessita de mais atenção e acompanhamento. Uma ilustração desse fato é que 80% dos indivíduos com mais de 60 anos possuem algum tipo de doença crônica, de acordo com o Ministério da Saúde, evidenciando a importância que o oferecimento de uma saúde publica de qualidade possui para esses indivíduos, sem a falta de atendimento e de medicações presente nos postos de saúde brasileiros. Nessa perspectiva, para que as consequências advindas do aumento no numero de idosos sejam exauridas da sociedade, mostra-se necessária uma ação conjunta entre Estado e sociedade. Para tanto, cabe ao governo aplicar um pequeno aumento na arrecadação dos contribuintes da previdência para que seja possível oferecê-la de forma adequada aos idosos e para que medidas mais radicais, como o aumento da idade mínima para obter o beneficio, as quais já estão em tramitação no senado, não sejam necessárias. Ademais, é imprescindível que o terceiro setor – composto por indivíduos que buscam melhorias na sociedade – reivindique ao Ministério da Saúde a criação de atendimentos especializados para o idoso nos postos de saúde, visando oferecer o suporte mais eficaz que se faz necessário em idades mais avançadas. Assim, as consequências acarretadas pelo envelhecimento populacional diminuirão significativamente.