Muito se tem discutido acerca do aumento da expectativa de vida no Brasil. Diante de um momento em que o amadurecimento da população faz-se presente, é necessário analisar essa questão em suas vertentes socioculturais. Nesse sentido, será possível entender os desafios enfrentados para garantir a maior idade com qualidade de vida. É importante ressaltar, primeiramente, que com a inserção da mulher ao mercado de trabalho a taxa de fecundidade diminuiu, contrapondo-se com o aumento da expectativa de vida. Com isso, o número de idosos cresce cada vez mais. Tal fato caminha de encontro a qualidade de vida, pois, a população acima dos 60 anos que trabalhou ao longo da vida, atualmente encontra dificuldade em adquirir a aposentadoria. Além disso, não se pode deixar de salientar que muitos aposentados continuam exercendo alguma atividade remunerada para aumentar a renda. Desse modo, percebe-se que a maioria não garante uma qualidade de vida satisfatória. Além de doenças que possam acometê-los devido a idade, há o egoísmo, de modo geral, no momento de assisti-los, confirmando o pensamento de Eça de Queiroz: "Dói mais uma dor de dente do que uma guerra na China". É indiscutível, portanto, que há inúmeros desafios enfrentados para quem deseja garantir a maior idade qualitativamente. Sendo assim, as escolas devem realizar eventos que incluam os idosos como participantes ativos a fim de que as crianças obtenham contato e os valorizem, aumentando neles a auto-estima; e o governo e as ONG's poderiam construir espaços interativos onde as gerações diversas possam interagir trocando experiências de forma mútua. Dessa maneira, o binômio expectativa + vida seria esperado positivamente por toda a sociedade.