Atenção voltada para a Senescência Ao longo do século XX, O Brasil, acompanhando os avanços médicos e tecnológicos mundiais, conquistou grandes melhorias nos setores saúde e social. Como consequência, o país vem sofrendo mudança na estrutura da pirâmide etária, com o estreitamento da base e alongamento do ápice. Atrelado a isso, a falta de planejamento por parte do Estado e da sociedade, torna o crescimento da população idosa um impasse a ser resolvido. Entre as décadas de 40 e 50 as taxas de mortalidade brasileira começaram a declinar, devido a fatores como as melhorias nas condições sanitárias, do domínio e tratamento de doenças infecto-parasitárias, que nessa época representavam a primeira causa de morte do país, dos programas de vacinação em massa, possibilitados também pelo processo de urbanização e também por conta da criação do SUS em 1988. Com isso, a expectativa de vida começou a aumentar, ao passo que as taxas de fecundidade e natalidade começaram a cair, tendo como uma das causas a criação da pílula anticoncepcional, criada por volta da década de 60. É fato que a população idosa está crescendo. Dados do IBGE mostram que, em um futuro breve, esta poderá ser maior que a população ativa, o que acarretaria na sobrecarga do sistema previdenciário. Ainda, o crescimento no número de pessoas na senescência precisa do acompanhamento de outros setores sociais como o da saúde e o do planejamento e urbanização, uma vez que elas já enfrentam obstáculos para conseguir continuar ativos e parte da sociedade, devido as dificuldades de locomoção e acesso gerados pela falta de adequação dos espaços, sobretudo dos locais de atenção à saúde e lazer. Portanto, é preciso que o Estado e a Sociedade voltem suas atenções para o crescimento da população na senescência. O Estado deve através do Ministério da Previdência Social estabelecer mudanças no sistema previdenciário para se adequar a realidade social, do Ministério das cidades propor a adequação dos espaços a fim de reinserir e incluir o idoso na sociedade, e do Ministério da saúde por meio de uma política pública que atenda às necessidades, promovendo melhoria na qualidade de vida dessas pessoas. A sociedade também precisa se conscientizar e ajustar-se para receber essa população de forma que esta se sinta acolhida.