O crescimento da população idosa no Brasil é um reflexo da diminuição da natalidade e aumento na expectativa de vida do brasileiro. O envelhecimento populacional é um fenômeno natural em que todos os países, mais cedo ou mais tarde, irão enfrentar. Entretanto, as consequências de tais mudanças sociais afetam o Brasil em âmbito econômico e social e devem ser avaliadas, visando melhores condições para o país e o público da “melhor idade’. No Brasil, mais precisamente, na década de 1920, a expectativa de vida do brasileiro era, em média, de trinta anos. Provavelmente grande parte da população, não conheceria seus netos. No país contemporâneo, a realidade é outra. O convívio entre três e até quatro gerações de uma mesma família torna-se cada vez mais comum. Isso ocorre, principalmente, devido ao aumento da expectativa de vida da população que já supera os 75 anos, segundo dados do IBGE, reflexo da melhoria nas condições de vida, como saneamento, educação e avanços científicos e tecnológicos no campo da saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde, idoso é aquela pessoa com idade igual ou superior a 60 anos em países em desenvolvimento e 65 anos em países desenvolvidos. No Brasil, a população idosa já supera 12% da população total, segundo dados do IBGE, caminhando para se tornar um país de idosos já em 2030. No entanto, o crescimento do público idoso no Brasil, traz consigo problemas econômicos e sociais. Despesas com previdência e saúde tornam-se cada vez maiores, causando uma incerteza econômica para o futuro do país. Os jovens e adultos correspondem a maior parte da população economicamente ativa no Brasil, sendo responsáveis pela manutenção de grande parte dos custos relacionados à previdência. Mas o aumento significativo da população idosa, em sua maioria, dependentes, e a baixa taxa de natalidade, vem trazendo um verdadeiro desequilíbrio nas contas públicas. Um problema preocupante, para o futuro, seria a falta de força de trabalho, devido a diminuição da população mais jovem, o que levaria a um aumento no custo de produção que afetaria diretamente a economia brasileira. Portanto, uma reformulação das normas previdenciárias é extremamente necessária, respeitando os direitos humanos. Medidas, como o aumento no tempo de contribuição ou nas mensalidades da previdência são validas. Entretanto, uma medida a médio e longo prazo seria o forte investimento na educação, o que traria, no futuro, melhores condições econômicas para a população e, consequentemente, para o país, aumentando assim a contribuição para a previdência e o investimento em saúde e melhores condições de vida por parte do governo. Desta forma o Brasil envelhecerá, mas continuará a crescer.