No século XX, os grandes avanços da medicina, como a criação das vacinas, foram de extrema importância para reduzir as taxas de mortalidade mundial e expandir a expectativa de vida. Atualmente, além da maior longevidade, as taxas de natalidade vem caindo, seja devido ao trabalho, estudos ou anticoncepcionais, tornando o país "mais velho". Entretanto, observa-se como consequência a falta de preparo para atender as necessidades desses idosos e uma possível crise previdenciária. Nessa perspectiva, ressalta-se a fragilidade dos cuidados com os idosos no Brasil. É notório que, por sua condição especial, espera-se um tratamento diferenciado em questões hospitalares, por exemplo. Todavia, essa expectativa não condiz com a realidade, pois o Sistema Público de Saúde não supre a demanda de atendimentos, seja por falta de médicos ou equipamentos adequados aos exames. Além disso, as empresas de planos de saúde estão cobrando mais caro de idosos com mais de 60 anos, chegando até 70% da renda destes, segundo o Instituo de Defesa do Consumidor. Acrescenta-se também que, se as taxas de natalidade continuarem a cair, problemas com a aposentadoria são iminentes. De fato, um equilíbrio na pirâmide etária é de suma importância, pois são as pessoas economicamente ativas que pagam os impostos necessários para manter a previdência funcionando bem e são as crianças de hoje que, futuramente, sustentarão essas mesmas pessoas. Segundo dados do IBGE, um grupo de 100 indivíduos sustenta outros 46, demonstrando a relevância desse equilíbrio. Fica claro, portanto, que possíveis dificuldades do setor previdenciário e o aumento da demanda hospitalar são consequências dessa nova configuração etária. Diante disso, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, pode propor ao poder federal a criação de Hospitais especializados no atendimento da terceira idade, como ocorre em países europeus. Além disso, as mesmas entidades devem proibir os preços abusivos de planos de saúde, congelando seus valores. Ademais, para evitar uma crise da previdência o governo pode fazer alterações no valor a ser pago ao INSS ou aumentar a idade de aposentadoria, assim como fez a Inglaterra em 2007.