O consumo desenfreado tem, como uma de suas causas, o intenso desperdício. Segundo pesquisador da UERJ José Abrantes, o desperdício no Brasil chega a 150% do PIB. Isso demonstra a insustentabilidade do atual sistema e a necessidade de reduzir o consumo, reaproveitar o que se tem e reciclar o que não possui mais um fim útil. O intenso consumismo, característica da sociedade global atualmente, preocupa nações. Segundo a WWF, organização ambientalista, se todos vivessem como um morador típico dos EUA, seriam necessários quatro planetas Terra para regenerar a demanda anual da humanidade imposta à natureza. Essa é uma das consequências da intensa pressão posta pela publicidade, que, muitas vezes, cria necessidades que antes não existiam para poder vender seus produtos. Ademais incentiva a constante "atualização" do que se tem visto que, por exemplo, algo comprado a cinco anos atrás está, hoje, fora dos padrões sociais- " fora de moda". Possuir algo que não se enquadre no arquétipo criado pela mídia é motivo de críticas e, até mesmo, de preconceito. Essa pressão social para adquirir uma nova mercadoria faz com que, muitas pessoas, não pensem na possibilidade de reutilizar o que possuem-consertar algo quebrado, por exemplo- simplesmente jogam no lixo o "velho" para livrar-se dele. Então surge outro efeito do consumismo, o lixo. A pouca durabilidade dos produto atuais gera uma intensa quantidade de resíduos que poderiam ser reciclados, mas não o são. A falta de conscientização da maioria população faz com que todos os produtos acabem em aterros sanitários , muitas vezes inadequados, o que gera imensos danos ao meio ambiente como por exemplo, o chorume que contamina os lençóis freáticos. Para amenizar esses imensos impactos do consumismo é necessário um incentivo à população para que ela repense suas atitudes, veja a real necessidade da aquisição de um novo produto, se não há como reaproveitar o que tem, e caso necessite jogá-lo no lixo, que ela saiba a importância da reciclagem. A mídia e as escolas podem contribuir com esse papel capaz de modificar o pensamento dos responsáveis pela sustentabilidade do planeta, os seus habitantes.