O mundo atual é caracterizado pelo grande dinamismo da globalização, pelo elevado poder de produção e sobretudo de consumo. Todo esse cenário econômico foi construído no decorrer da história de modo a proporcionar lucro, conforto e melhoria na qualidade de vida humana, contudo, o elevado grau de consumismo tem produzido impactos extremamente negativos no âmbito socioambiental, como poluição, alterações climáticas, entre diversos outros problemas vivenciados pela população atual. Desde o advento da revolução industrial os mecanismos de produção e consumo mundial adquiriram aspectos muito relevantes na sociedade. A partir de então, e devido aos progressos do setor produtivo e tecnocientífico, a qualidade de vida e o nível de consumo mundial se elevaram substancialmente, grande parte devido à maior possibilidade de aquisição aos produtos industriais como medicamentos, aparelhos descartáveis, automóveis, eletrodomésticos, etc. Ao proporcionar facilidades e conforto, tais condições são extremamente benéficas, entretanto, o que se verifica atualmente é um processo de superprodução, aliado ao consumo desenfreado e à falta de preocupação com as questões ambientais. O Brasil, por exemplo, vive recentemente um grande entrave relacionado à questão do destino adequado ao lixo urbano. Grande parte dos dejetos são simplesmente lançados em lixões a céu aberto, o que contribui para contaminação de águas subterrâneas (devido ao chorume), poluição do solo e proliferação de insetos causadores de doenças. Outro problema tem sido o elevado grau de consumo de combustíveis fósseis, que no processo de combustão geram dióxido de carbono, um dos gases responsáveis pelo agravamento do efeito estufa. Chuva ácida, crises hídricas, eutrofização e alterações climáticas, são alguns dos problemas atuais enfrentados em decorrência direta ou indireta do consumismo humano. A redução dos impactos ambientais causados pelo consumo humano só pode ser atingida por meio de ações dos próprios agentes responsáveis, portanto a conscientização se constitui como fator principal no processo. Medidas básicas devem ser tomadas pela sociedade, como a aquisição somente do que lhe é necessário, a redução do desperdício (desde os atos mais simples, como não deixar a torneira aberta enquanto se escova os dentes) e a prática da reciclagem. O Estado também deve atuar na utilização, junto ao meio midiático, de propagandas de caráter educativo e informativo, bem como criar leis que limitem a emissão de gases poluentes pelas grandes fábricas. Acima de tudo, o tema deve também ser levado em discussão no que diz respeito ao âmbito social, escolar e familiar.