Enquanto a literatura exalta a exuberância e o fascínio pela natureza, utilizando de poemas e clichês árcades, como “locus amenus”, a realidade social é outra. O contínuo aquecimento do globo e seus respectivos efeitos, colocaram o meio ambiente em pauta nas discussões internacionais, buscando reduzir o impacto ambiental da população, e garantir um habitat para as próximas gerações. Com o surgimento de novas fontes de energia durante a Revolução Industrial do século XVIII, iniciou-se a emissão de gases poluentes na atmosfera que, acompanhado da evolução tecnológica, acarretaram diversos desastres ambientais, como o surgimento de “buracos” na camada de ozônio, queimadas ambientais, derramamento de resíduos tóxicos em alto-mar e derretimento das geleiras. Porém, só a partir do século XX que os países projetaram um acordo visando a redução do impacto ambiental, o chamado Protocolo de Kyoto, que estabelecia metas e prazos para a redução de gases causadores do efeito estufa. Outras conferências internacionais foram realizadas, como a ECO-92 e Rio +20, buscando um maior desenvolvimento sustentável. Porém, os acordos entre nações não possuem qualquer validade se o consumo excessivo não reduzir. A forte influência dos meios de comunicação e o desenvolvimento de tecnologias que proporcionam maior conforto e praticidade, transformaram hábitos prejudiciais a natureza, parte do cotidiano. É o caso das sacolas plásticas, da “corrida tecnológica”, lançando novos equipamentos a toda hora e do uso de eletrodomésticos cada vez mais modernos. A redução e controle de pequenas atitudes prejudiciais ao meio ambiente provoca, além de uma maior preservação ambiental, uma redução nos gastos, fato que motivou o crescimento da Economia Verde, que busca balancear o bem-estar humano com a redução de riscos ambientais e escassez ecológica. Consumo consciente não significa sacrificar uma vida confortável. Considerando o “status quo”, a melhor maneira de reduzir o impacto ambiental seria uma maior conscientização da população economicamente ativa, através de um planejamento junto aos órgãos municipais de incentivo a economia domiciliar, mostrando que pequenas atitudes resultam em gastos muito menores, e uma educação escolar para os jovens baseada no conceito dos três Rs, reduzir, reutilizar e reciclar, para que esse estudante desenvolva o hábito de proteger o meio ambiente e todos ao seu redor.