A pós-modernidade é dotada de diversas características, uma delas é a questão emblemática do consumo das populações. O homem, na lógica da sua evolução, passou a consumir um número sem precedentes de mercadorias sem se dar conta das consequências que isso gera. Esse fato, tem criado discussões acerca da real necessidade do consumo de um produto e seu problemas A priori, é fundamental pontuar que, segundo o filósofo Protágoras, "o homem é a medida de todas as coisas. Essa máxima conceitua a perspectiva antropocêntrica do homem hodierno, que se autoproclama como protagonista do cenário ecológico global. Nesse âmbito, a natureza é subjugada. O meio-ambiente, um organismo plenamente dinâmico e finito, é visto como uma mercadoria e se desdobra para atender as necessidades de seres insaciáveis. Por conseguinte, essa emblemática questão se dá, também, na idelogia capitalista do progresso de uma nação estar atrelado ao seu potencial de consumo. Nesse contexto, emerge o "american way of life", substancialmente simbolizado pela obtenção constante de bens não duráveis. Esse fato tem gerado diversos problemas, como, por exemplo, o aumento no número de lixões, a degradação da natureza, o impacto ambiental, além da própria "patologia do supérfluo", que atribui à mercadoria um prazo de validade. Portanto, diante do que foi exposto, é perceptível que a lógica do consumo em excesso é degradante e, principalmente, onerosa para nós quando passa a nos afetar, por exemplo, no acúmulo de lixo nas cidades. Dessa forma, é válido ressaltar que é preciso uma mudança na mentalidade das sociedades na questão do consumo, além de uma conscientização-cidadã. Tudo isso poderia ser feito por meio de campanhas na mídia, o Estado poderia criar leis em específico, além de uma disciplina nas escolhas que ensinem sobre os impactos e consequências do nosso consumo no ambiente.