A propaganda é o principal meio de propagação do consumo, este recurso foi explorado, sobretudo, no período pós-guerra na década de 1950 sob um contexto bipolar, dessa forma os norte-americanos abusaram desta estratégia em busca de aliados capitalistas, formando uma sociedade abusivamente consumista. Assim, atualmente, o consumo exagerado faz parte da rotina de bilhões de pessoas, porém quem paga a conta é o planeta. Sabe-se que o processo de produção das mercadorias consumidas é linear, iniciando com a extração da matéria prima, passando pelo processo industrial (formação do produto), chegando às mãos do consumidor e finalizando nas reservas de resíduos sólidos inutilizados, os lixões. Não é apenas o lixo o principal adversário do meio ambiente, mas sim toda a escala produtiva. Dessa forma, percebe-se que este processo linear não é compatível com um mundo finito, cujos recursos uma vez explorados de forma errada pode não retornar ao meio de maneira sustentável. Devido à exploração intensa da matéria prima e a escassa preocupação com a restituição dessa matéria para o meio, promove um desequilíbrio com a natureza. Ademais, no processo industrial substâncias tóxicas são aderidas à matéria, além da eliminação de toxinas para a atmosfera. Neste cenário é possível perceber a importância de um consumidor consciente, uma vez que é o próprio agente do consumo que impulsiona essa escala produtiva. Além disso, a propaganda é um importante meio de propagação de incentivos ao consumo, uma vez que expõe a obsolescência perceptível, ela permite “perceber” o quanto é atrasado um determinado objeto em relação a suas atualizações no mercado, incentivando de forma ativa a compra desses novos objetos. Uma maneira de evitar esse acúmulo, seria a busca por aplicativos e sites que promovam trocas, em que você troca aquilo que não deseja por algo mais útil com outra pessoa na mesma situação. Depreende-se, pois, que o consumo consciente pode minimizar o impacto no meio ambiente. Para isso, são necessárias medidas que visem a sustentabilidade, como o incentivo na grade escolar aulas de educação financeira que explore, sobretudo os impactos que o consumo exagerado provoca, além de educar e promover consumidores equilibrados que busquem o essencial. Outra medida seria os próprios consumidores buscarem produtos ecologicamente corretos, assim as indústrias se adaptarão com a demanda. Além de reformas de leis como o Marco Legal da Biodiversidade que preservem o meio ambiente e detém de maior rigidez na fiscalização durante extração da matéria prima.