No mundo capitalista, o consumo é a peça fundamental para a geração de lucro. Em meio a tantas propagandas estrategicamente criadas para persuadir o indivíduo, torna-se, cada vez mais difícil ser um consumidor consciente. O processo de industrialização foi caracterizado pela alta produção e grande demanda de mercado consumidor. Quando o capitalismo se consolidou, as empresas usufruíram do poder alienador da mídia e dos artifícios sedutores do marketing criando anúncios chamativos que induzem as pessoas a trocarem o útil pelo supérfluo. Essa jogatina das propagandas atenua ainda mais a ânsia do individuo, levando-o, muitas vezes, a um estado inconsciente de consumo compulsivo. Sendo esse fato estudado pelos filósofos Shopenhauer e Karl Marx, os quais afirmavam que o consumo surgiu a partir da necessidade, do desejo. Porém, a ideologia capitalista transforma essa necessidade em obsessão. Certamente, essa mudança agrava ainda mais a quantidade de resíduos sólidos gerados, considerando também a durabilidade funcional do produto, prejudicando assim o meio ambiente. Pois de acordo com dados da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública, estima-se que, em 2013, 404 municípios brasileiros produziram cerca de 7 milhões de toneladas de lixo, sendo o acréscimo anual de 4,1%. Portanto, é evidente a dificuldade de resistência à compra de produtos quando o capitalismo já está muito enraizado. Diante disso, caberia à mídia minimizar a indução apelativa expressa em seus anúncios, também concerne ao governo e ONG’s conscientizar as pessoas através de campanhas e politicas de desenvolvimento social, além do autocontrole do individuo para que não sucumba com facilidade a propagandas, tendo em mente os efeitos financeiros e ambientais que podem ser causados.