Com o fim da União soviética em 1991, o sistema econômico que passou a predominar foi o capitalista, no qual a venda e o consumo são suas palavras-chave. Entretanto, esse último, quando inconsciente, tornou-se um problema para o planeta, gerando impactos cada vez piores para o ambiente. Diante disso, cabe avaliar as causas e as consequências desse consumismo, buscando conciliá-lo com o desenvolvimento sustentável. É preciso considerar, antes de tudo, os efeitos da nova lógica de mercado. Com o advento da terceira revolução industrial, houve o surgimento da obsolescência programada, em que os produtos tornam-se ultrapassados em um intervalo de tempo imensurável. Sendo assim, os indivíduos compram exacerbadamente, não pela necessidade, mas pela novidade apresentada na nova mercadoria. Dessa forma, aumenta-se a quantidade de lixo urbano, o qual nem sempre possui destino correto, podendo contaminar solos e lençóis freáticos, deixando a água imprópria para consumo. Somando-se a isso, é imprescindível pontuar a escassa preocupação e informação dos indivíduos. Tal fator evidencia-se, sobretudo, a partir do elevado índice de compras de aerossóis antes que os CFC’s fossem proibidos e substituídos pelos HFC’s, o que ocasionava a destruição da camada de ozônio. Outrossim, a lógica mantém-se similar, porém, com a água, em que o consumo desenfreado desse recurso a partir do seu desperdício, bem como o despejo de resíduos nesse líquido, reduz gradativamente sua disponibilidade em forma potável no planeta. Fica evidente, portanto, que enquanto o homem não se responsabilizar pelos seus atos, a natureza continuará pagando por cada um deles. Sendo assim, é preciso que o Governo Municipal invista na coleta seletiva nas cidades, para dar destino correto ao lixo, criando usinas de triagem ou encaminhando a locais próprios existentes na região e, além disso, deve estabelecer um limite de consumo de água diário por residência com base no número de indivíduos por lar. Acresce-se a isso o papel fundamental da mídia e das ONG’s , em que essas devem promover a conscientização das pessoas sobre seus deveres como cidadãs e estas precisam distribuir cartilhas ensinando a reciclar dejetos secos e úmidos ou incentivando a doação a instituições públicas, as quais farão esse trabalho.