Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Como solucionar a questão dos maus-tratos contra os animais

Redação enviada em 23/10/2018

No Egito Antigo, os egípcios cultuavam muitos deuses e vários deles possuíam forma de animais, traduzindo a sua adoração por estas espécies. Hodiernamente, entretanto, uma parcela da população negligencia esses seres vivos, chegando a maltrata-los de diferentes formas. Nessa apreensão, convém pôr em evidência o substancial tráfico de animais selvagens, bem como o cruel abandono de diversos animais domésticos, sendo justas iminentes providências resolutivas para combater tais adversidades. Em primeira análise, é essencial destacar o tráfico ilegal de animais, principalmente silvestres, como fonte de graves maus tratos impostos aos bichos pelos traficantes. Consoante a isso, o IBAMA estima cerca de 38 milhões de exemplares retirados anualmente da natureza, no Brasil, os quais são armazenados em gaiolas compartilhadas, sem locomoção e, muitas vezes, acabam ficando desnutridos. Além disso, o órgão calcula que para cada animal silvestre que chega a um dono pelo mercado ilegal, nove são mortos. Diante disso, é indubitável a necessidade de considerar tal atividade como uma preocupante forma de agressão a esses seres vivos, sendo, predominantemente, um resultado do olhar quase apático das autoridades governamentais no que tange à falta de fiscalização e brandas punições dessas práticas. É necessário destacar, também, a considerável quantidade de animais domésticos abandonados nas ruas das cidades brasileiras. Nesse sentido, pessoas livram-se dos seus bichos de estimação por eles não satisfazerem suas necessidades, como se fossem objetos. Em consequência disso, cães e gatos sujos, magros, famintos e doentes, muitas vezes invisíveis aos olhos da sociedade, reviram o lixo atrás de comida, transmitem doenças, vivem no relento sob o sol forte ou o frio intenso. Diante disso, diversas ONGs tentam oferecer ajuda para amenizar essa grave situação, mas se deparam com extremas dificuldades, sobretudo financeiras, para conseguirem realizar o que propõem. Como exemplo, tem-se a ativista Luisa Mell que, apesar de famosa pelo trabalho com animais abandonados e feridos, constantemente precisa suspender suas atividades por falta de recursos. Face a esse dilema, mostra-se imprescindível, portanto, a adoção de punições mais severas para os casos de tráfico animal no Brasil. Para tanto, o poder legislativo tem o dever de aumentar o valor das multas para esse crime, bem como torna-lo um crime inafiançável, quando o réu for condenado a prisão e, principalmente, investir na maior fiscalização, aumentando o número de funcionários responsáveis por esse trabalho. Ademais, é necessária a elaboração de um programa nacional com a integração de gestores públicos, empresas e ONGs, visando fornecer uma ajuda mensal nos custos do auxilio aos animais de rua, além de campanhas de castração, com objetivo de impedir que os bichos de rua se multipliquem exponencialmente. Assim, teríamos uma realidade mais harmoniosa e próxima à vivenciada no Egito Antigo.