Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como solucionar a questão dos maus-tratos contra os animais

Redação enviada em 25/07/2018

Ao longo do processo de formação do Estado brasileiro, do século XVI ao XXI, a violência contra os animais consolidou-se e permaneceu forte. Desde o Iluminismo, movimento intelectual que ocorreu na Europa do século XVIII, também conhecido como " Época das luzes '', entende - se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa o problema de maus-tratos aos animais, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria, mas não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente relacionada à realidade do país, sendo evidenciada não somente à omissão ao cumprimento das leis que preveem os cuidados inerentes aos animais, como também o fator econômico. Nesse sentido, convém analisar as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade. É indubitável que a questão constitucional e sua aplicação estão entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, a agressão contra os animais rompe essa harmonia, haja vista que, embora a Lei de Crimes Ambientais tenha sido um grande progresso em relação à proteção desses animais, há brechas que permitem a ocorrência dos crimes, como as muitas pessoas que deixam de efetivar a denúncia por serem intimidadas. Desse modo, a importância do reforço da prática da regulamentação como forma de combate à problemática é evidenciada. Outrossim, destaca-se à necessidade ou ganância dos portadores desses animais como impulsionador do problema. Consoante Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o fator econômico pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que, se uma criança vive em uma família com esse comportamento, tende a adotá-lo também por conta da vivência em grupo. Assim, o revigoramento desse pressuposto, transmitido de geração a geração, funciona como forte base desse comportamento social, agravando o problema no Brasil. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a consolidação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. De acordo com Augusto Cury, frágeis usam a violência, e os fortes, as ideias. Destarte, o MPF - Ministério Público Federal - deve instaurar uma operação de castração contínua, que atenda a população a todo momento e resolva o problema sanitário do país em relação à superpopulação de cães e gatos, promovendo, assim, o equilíbrio proposto por Aristóteles. Além disso, conforme o pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o MEC - Ministério da Educação - deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam o combate à violência contra os animais, visto que, por intermédio dos ensinamentos, pode-se trabalhar a conscientização e encorajar a sociedade a denunciar esses crimes. Dessa forma, com base na concepção iluminista estipulada no século XVIII, esse fato social será gradativamente minimizado no país.