Ao longo da história a relação do homem com os animais sempre foi muito presente, seja os utilizando com meio de transporte ou na atividade agrária. Porém, na atualidade, essa relação harmônica foi rompida, visto que, os maus tratos foram justificados pelo prazer e pelo ganho financeiro. A esse respeito Charles Chaplin no filme “Vida de cão” utiliza o humor para comparar a vida de um vagabundo a de um cachorro. A crítica potencializa reflexões sobre os maus tratos sofridos pelos animais. Onde uma sociedade que se diz civilizada e moderna ainda faz o advento dos bichos para fins de diversão, como ocorre em vaquejadas e rodeios. Por exemplo, o caso, publicado pela BBC Brasil, do boi que teve o rabo arrancado em um desses eventos, evidenciando a violência desses locais. Além de Chaplin, o geógrafo, Milton Santos alerta que “O homem não é mais amigo da natureza”. Nessa ótica os animais passaram a ser compreendidos como bem financeiro. Logo, a grande demanda pela busca de animais domésticos estimula a criação de criadouros clandestinos como o noticiado pela Gazeta do Povo, denunciado por Luiza Mell, onde mais de 113 cachorros viviam em condições precárias para venda e reprodução. Nesse sentido, a mobilização da sociedade e da administração pública é necessária para denunciar e prevenir esses problemas. Dessa forma, é papel dos órgãos federais, em parcerias com as prefeituras, promover maiores fiscalizações e punições rígidas para esses crimes. Além disso, ONGs de proteção animal juntamente com a mídia devem promover palestras e campanhas para que a população tenha consciência de que quem não denuncia esses atos está sendo conivente. Só assim o homem poderá voltar a ser amigo da natureza.