Funcionando analogamente à primeira Lei de Newton, Lei da Inércia, na qual afirma que um corpo tende a permanecer no seu movimento, até que uma força suficiente atue sobre ela, mudando seu percurso, os maus-tratos aos animais é um problema que permanece na sociedade há tempos e cada vez mais recorrente. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficiente para mudar o percurso dessa problemática, indo da permanência à extinção, a combinação do descaso do poder público com a causa, juntamente com a ignorância e falta de empatia humana, acabam por resultar na situação indesejável atual. Em primeira análise, cabe analisar a crueldade humana para com os animais. O filósofo Hobbes defende em sua obra "O leviatã" que, o homem é essencialmente mau e não sabe viver harmoniosamente em sociedade. Sob esse ponto de vista, explica-se os inúmeros casos de maus-tratos contra os animais, sendo um deles as touradas, que acontecem, principalmente, na Espanha , onde o ritual faz parte da cultura local. Nessas situações, o animal é torturado e exposto como entretenimento para os espectadores. No cenário brasileiro, muitos casos também são registrados, e vão desde as vaquejadas, evento que maltrata cavalos e bois e alvo de muitas críticas de ONGs protetoras de animais, até o abandono de animais domésticos, como gatos e cachorros, quando estes envelhecem, deixando-os à própria sorte. É de suma importância, também, mencionar a omissão do governo frente ao problema. Nesse cenário, onde o homem se acha superior a qualquer raça a ponto de maltratá-la apenas por diversão, o governo pouco tem feito para que hajam melhorias. Em tese, a Constituição Federal já possui uma lei que visa o bem estar e a proteção contra ato de abuso, maus-tratos, mutilação e toda forma de ferir um animal, seja ele doméstico, silvestre ou exótico; mas na prática, a falta de punição severa e de fiscalização só tem aumentado a impunidade dos criminosos. Portanto, fica evidente a necessidade de tomadas de medidas que realizem mudanças no percurso da problemática. Segundo o filósofo Kant, "o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", depreende-se, portanto, a necessidade do Governo Federal implementar palestras nas escolas, através dos profissionais da educação capacitados, a fim de levar informação para crianças e adolescentes a respeito dos animais, buscando -se, assim, o efeito de crescerem cidadãos politizados e éticos para com os animais. Ademais, resta aos parlamentares defenderem com veemência a causa animal, aprovando maiores penas a infratores, para que sirva de exemplo a sociedade, tendo como efeito esperado a mudança no percurso do problema, diminuindo a violência contra os animais.